domingo, 5 de janeiro de 2014

A Viagem de Saramago

Postagem original de 27 de outubro de 2009, em Paulo Coelho não é Literatura!

Terminei de ler esta semana o livro "A Viagem do Elefante", do Saramago, e recebo agora a comunicação da Cia. das Letras com o lançamento de "Caim". Não há tempo que me valha para tudo que eu quero ler...
Em seu novo livro, Saramago reconta episódios do Velho Testamento sob o ponto de vista polêmico de Caim. Depois de assassinar o irmão, ele faz um acordo com Deus e ruma em direção a cidades decadentes, estábulos, campos de batalha, enfim o submundo dos primórdios da humanidade.
Em "A Viagem do Elefante" ele conta em um conto, não romance, a trajetória lenta de um elefante e a comitiva real de Portugal à Hungria. Como é comum em narrativas em que o personagem principal é um animal - "O Burrinho Pedrês", do Guimarães Rosa, por exemplo, que eu adoro e já citei aqui outras vezes -, o elefante aparece humanizado em muitas situações.

Passa por herói, é milagreiro, tem mais poder de decisão que o rei ou o imperador, por exemplo, para determinar quando o comboio segue ou deve dormir porque sua saúde é o mais relevante neste caminho...
Não é nem de longe o melhor livro do português, mas é sempre algo acima da média dos amigos que estão por aí ganhando prêmios... e é além da média especialmente nos momentos em que ele ironiza a capacidade intelectual do rei de Portugal.
Eu ia terminar o post com alguns trechos do livro - presente de aniversário do Zé Eduardo, que me deu os melhores livros que eu li nos últimos anos -, mas eu o esqueci em casa, minha nova casa, que alegria!!

Então, fico devendo uns trechos que eu risquei no papel para, de vez em quando, voltar a ler... riscos nas páginas do livro... algo que o Zé Eduardo odeia e não entende...

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