sexta-feira, 14 de março de 2014

"O Menino do Pijama Listrado"


Como todo apaixonado por livros e apenas fã de cinema, sempre acho que uma obra literária é melhor que o produto cinematográfico. Porque o livro é mais profundo, os atores nunca estão à altura do personagem, faltam histórias paralelas importantes, e por aí vai. Porém, há os casos - aquelas exceções que confirmam as regras - em que os filmes se superam ou estão pelo menos no mesmo patamar do livro.


Um dos casos é "O Auto da Compadecida", mas, venhamos, é um texto de teatro que a Globo fez em série teatral e juntou os pedaços para um filme. Acho que nem conta.

Outro caso é "O Leitor". Para o filme e o livro fiz dois posts anos atrás, que posso publicar por aqui mais tarde. Isso é realmente um caso atípico na minha vida. Amo de paixão o filme e só li o livro porque causa dele. No entanto, os méritos da obra pela qual me apaixonei são todos do diretor e do roteirista. Um 
obra baseada em, não uma adaptação.

Agora, novamente, faço esse caminho inverno para ler "O Menino do Pijama Listrado", de John Boyne (Cia das Letras), que, assim como "O Leitor", trata do Holocausto com uma história paralela comovente.

No caso do "Menino", a inocência do personagem do filme toma conta da história toda e o desfecho trágico me impactaram. Quero ver se esses mesmos aspectos estão no texto. Vou apostar que sim, e que lá tem mais.

Pensando nesse filme e por conta de uma confusão na mente do meu marido, me lembrei de "A Vida é Bela", de Roberto Begnini. Não suporto. Forçado, chato, barato.Vi para agradar minh
a amiga Renata Martins, louca pelo Oscar, que não poderia ver aquela cerimônia nos idos da década de 1990 sem poder comparar os concorrentes. Não sei se fiquei mais irritada vendo o filme ou a premiação. 

"Menino"
é diferente, é realmente doce, singelo, mais próximo do real. O universo paralelo do menino deve ter sido construído por muitos outros filhos dos seguidores de Hitler, enquanto eles disfarçavam as motivações e a extensão de seus atos.

Mas, como a vida surge um dia e resolve mostrar quem manda nisso tudo, um dia essa barreira se desprende e não é mais possível disfarçar.

Estou ansiosa por começar essa leitura. Antes, tenho que me desprender de "Os Trabalhadores do Mar", do querido e irônico Victor Hugo. 
Até lá!

2 comentários:

  1. Mas "A vida é bela não tão chato assim".....hehe

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  2. Eu também adorei esse filme, mas ainda não li o livro. Com certeza deve ser melhor ainda, porque tb acho os livros sempre melhores, por abordarem as situações com mais profundidade.

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